Padrão da Raça
Padrão da Raça
CÃO
PASTOR ALEMÃO
Standard F.C.I. n.166 de 30/08/1891
CÃO
PASTOR ALEMÃO
Origem : Alemanha – 23/03/1891
Classificação F.C.I. : Grupo 1 – Cão de pastoreio e boiadeiro
Seção 1 – Cão de utilidade com brevê de trabalho
Emprego: Cão da utilidade, cão da pastore e cão de serviço polivalente.
O cão Pastor Alemão ressalta logo à
primeira vista como um animal harmonioso, bem proporcionado, mais logo do que
alto e com um perfeito equilíbrio entre todas as diversas partes do seu todo. É
um animal nobre, forte e vivaz, substancioso, sem ser grosseiro, evidência
tanto em repouso como quando em movimento, perfeito apuro muscular e lapides,
tal um atleta em perfeita forma.
É dotado de uma personalidade
marcante, expressão direta e destemida, sem contudo se mostrar hostil,
confiança própria, firmeza de nervos e uma certa reserva que não o predispõe à
amizades imediatas e indiscriminadas; enfim de uma nobreza natural e marcante,
seguro de si e que por si só impõe confiança, respeito e admiração.
Seus caracteres sexuais secundários
são evidentes, dando ao exemplar, logo a primeira vista, a aparência de um
macho ou de uma fêmea; aqueles com um porte e comportamento decididamente
masculino e estas inconfundivelmente femininas, insertas, porém, de qualquer
fragilidade estrutural ou brandura de temperamento.
PELAGEM
Cão
Pastor Alemão possui pelagem dupla; sub-pêlo e sobre-pêlo. A quantidade de
sub-pêlo vária conforme a estação do ano e o tempo de vida ao ar livre, mas
deve estar sempre presente, a fim de protegê-lo da água, temperaturas extremas
e insetos. A sua ausência é considerada como falta e como tal punida.
O sobre-pêlo apresenta-se em 3 (três) tipos:
PÊLO
RIJO NORMAL
Neste
tipo, ideal, o sobre-pêlo é o mais denso possível, composto de fios retos,
duros, e bem deitados ao corpo. A cabeça inclusive, interior das orelhas,
partes interiores das pernas, patas e dedos são providos de pêlos mais curtos e
menos ásperos. Já no pescoço a pelagem é levemente mais comprida e forte. Nos
membros dianteiros e traseiros os pêlos são em seus anteriores levemente mais
curtos e bem deitado ao corpo: alonga-se e elevando-se para as faces
posteriores em extensão aos metacarpos e jarretes, chegando, quando nas coxas,
a formar calças moderadas.
O comprimento nesse tipo vária
levemente na média dos 5 (cinco) centímetros, todavia o muito curto, chamado de
rato, ou topeira é indesejável.
PÊLO
RIJO COMPRIDO
Os
fios são mais alongados, nem sempre retos e antes de mais nada não bem deitados
ao corpo. Na parte inferior das orelhas e em suas faces posteriores, já bem
mais alongados e delicados, formados por vezes tufos. Nas faces posteriores dos
membros, assim como na inferior da cauda, pelo seu alongamento, chegam a formar
bandeira e, quando nas coxas densos culotes. O tipo de cauda é sempre tufado.
Esse tipo de pelagem não se apresenta com a mesma resistência da normal, razão
porque é indesejável, permitindo-se, todavia, na reprodução os possuidores de
sub-pêlo denso em todo o corpo.
PÊLO
COMPRIDO
Ë bem mais alongado que o precedente, mais sedoso e
ondulado, repartindo-se normalmente em dois ao longo da linha de dorso, caindo
para os flancos. Geralmente, esses animais são dotados de peitos mais estreitos
com formação de focinho mais afilado. Este tipo, indesejável, deve ser proibido
à reprodução.
COLORAÇÃO
Excetuando
o branco, todas as cores são permitidas no cão Pastor Alemão: preto,
cinza-ferro, cinza ou unicolor ou com partes marrom, amarelo, bege e cinza
claro, capa-preta e todas as suas variações. Em todos esses tipos, uma pequena
mancha branca no peito não é sinal de defeito.
O sub-pêlo é, com exceção dos animais pretos, sempre levemente colorido.
A coloração do filhote é somente definida quando do aparecimento do sobre-pêlo
definitivo.
PIGMENTAÇÃO
No cão Pastor Alemão todas as
colorações deverão ser fortes, ricas e de pigmentação bem definida sem o menor
indicio de desbotamento. Sinais de despigmentação como: olhos claros, unhas
brancas, partes internas dos membros, inferior no tronco e cauda esbranquiçada,
deverão ser penalizadas de acordo com sua intensidade. Os brancos e os de
características albinos, serão desqualificados e vetados a reprodução.
ESTRUTURA
O cão Pastor Alemão é um cão de
utilidade, trotador por excelência e, como tal, sua estrutura foi criada para
atender às exigências de seu trabalho sob as mais diversas condições.
ALTURA
É um animal levemente acima do tamanho médio. A sua
altura, medida por uma perpendicular tirada da ponta da cernelha, com a pelagem
comprida, ao solo em nível, tangenciando o cotovelo, deverá ser:
Para
os machos: de 60 a 65 cm .
Para as fêmeas: de 55 a 60 cm .
Variação para mais ou para menos
diminuem o seu valor com cão de utilidade e como tal deverão ser penalizados.
COMPRIMENTO
É tomado em perfeita horizontal da ponta do externo a ponta do esquio.
PROPORÇÃO
O cão Pastor Alemão é mais comprido do que alto e a
fim de melhor poder cumprir as finalidades para a qual foi criado, a proporção
ideal, entre comprimento e altura é aquela compreendida na razão de 10:8.8.
CABEÇA
Forte e de traços bem marcantes, caracterizando-se
pela nobreza. Deve ser bem proporcionada ao corpo sem contudo ser grosseira,
muito embora um certo grau de rusticidade, especialmente nos machos, seja falta
menor do que um super-refinamento.
CRÂNIO
Moderadamente
largo entre as orelhas. Quando visto de frente, a lesta é somente um pouco
abaulada, sem sulco central ou então só levemente abaulada, vai se inclinando e
afilando em direção ao encaixe do focinho onde forma um “stop” obliquo não
muito marcado, mas sempre presente.
FOCINHO
Em
forma de cunha, alongado e forte, sua linha superior praticamente reta é paralela
a um prolongamento imaginário da linha da testa. Visto de frente, com boa base
e de narinas bem desenvolvidas, delineadas e sempre úmidas.
BOCHECHAS
E LÁBIOS
De bom desenvolvimento, correndo lateralmente numa
curvatura suave e sem projetar-se para a frente. Lábios fortes, firmes e bem
aderidos oferecendo perfeito fechamento á boca.
MAXILARES: Fortemente desenvolvidos, oferecendo perfeito
e sólido encaixe aos dentes. O inferior fraco, estreito e curto, aparentado
proeminência do focinho é falta e como tal punida.
ORELHAS
Devem
ser moderadamente pontudas, bem implantadas, largas na base, abertas para a
frente e trazidas eretas quando em atenção: sendo ideal aquela posição na qual
suas linhas medianas sejam perfeitamente verticais e paralelas entre si.
Bem inseridas, bem coladas e bem trazidas e equilibradas com a cabeça
contribuem para a aparência e expressão do animal.
Orelhas muito pequenas, muito grandes, de inserção baixa, abertas, não firmes,
caídas e operadas são indesejáveis. As mortas devem ser proibidas à reprodução.
Os filhotes, usualmente, não se erguem permanentemente antes do 4º ao 6º mês e algumas
vezes ainda mais tarde.
OLHOS
De
tamanho médio, amendoados, implantados obliquamente e nunca salientes. A sua
cor deve ser a mais escura possível, tolerando-se todavia os mais claros desde
que se harmonizem perfeitamente com a coloração geral do animal. Sua expressão
deve ser bem viva, inteligente e serena.
DENTES
Em
número de 42 (20 superiores e 22 inferiores) na dentição definitiva, fortemente
desenvolvidos, branquíssimos e de perfeita implantação. Com a boca fechada a
face interna dos incisivos superiores deverá atritar com a face externa dos
incisivos inferiores (mordedura em tesoura) o que dá ao animal uma presa mais
segura e um menor desgaste dos mesmos. Quando os incisivos da arcada inferior
deixarem de atritar com a face interna dos superiores, separando-se, haverá
prognatismo superior, o que constitui uma falta. Quando os incisivos superiores
baterem contra os incisivos inferiores (mordedura em torquês) é de todo
indesejável. A face interna dos incisivos inferiores atritando com a face
externa dos incisivos superiores ou os sobrepujando, apresentando-se o
prognatismo inferior que constitui uma falta muito grave.
A ausência de qualquer dente, é falta e como tal punida de acordo com as
normas. Dentes de cinomose descoloridos, quebrados e gastos serão punidos de
acordo com a gravidade.
PESCOÇO
Deve
ser forte, musculoso, bem torneado, oferecendo uma ligação harmônica entre
cabeça e tronco completamente livre de dobras ou peles soltas em sua parte
inferior.
Com o animal em atenção, cabeça e pescoço devem alçar-se; quando em movimento o
porte ideal será com a cabeça mais a frente e em perfeito prolongamento do
dorso e cerne lha e nunca para o alto ou para baixo.
LINHA
SUPERIOR
Esse conjunto deve oferecer uma continuidade
harmônica entre Cernelha, Dorso, Lombo, Garupa e Cauda; perfeitamente
equilibrado.
CERNELHA
Deve
ser forte, bem desenvolvida e conformada, mais alta do que o dorso e
inclinando-se levemente para este, oferecendo um perfeito encaixe das omoplatas
(e vértebras).
DORSO
Perfeitamente
reto e horizontal, fortemente desenvolvido, sem abaulamentos ou convexidades e
relativamente curto.
LOMBO
Quando visto pôr cima, deve ser largo e forte
unindo-se suavemente ao dorso, e quando visto de lado, não apresenta espaço
entre a última costela e a coxa.
GARUPA
Longa,
de boa largura e levemente inclinada e bem recoberta de músculos. Garupa
horizontal ou plana, muito curta ou caída são consideradas como faltosas e
ideal aquela que apresenta uma inclinação de perto de 30º com a linha do dorso,
partindo desta em ligação suave.
CAUDA
Cheia, devendo a última vértebra alcançar, no
mínimo, a ponta do jarrete e usualmente ainda mais baixo; de inserção
disfarçada tipo sabre. Quando o animal em movimento, a cauda deve elevar-se
tornando-se um prolongamento do dorso; maiores elevações depreciam a aparência
sendo permissíveis em caso de excitação, até uma linha imaginária que seria a
perpendicular sobre a sua inserção: ultrapassá-la ou não sair de repouso (cauda
morta) é falha.
Cauda em gancho e algumas vezes em
lateral é indesejável. Caudas cortadas ou aparadas desqualificam; as muito
curtas e as de extremidades rombudas, devido à anquilose, acavalamento ou fusão
de vértebras são faltosas.
TRONCO
A estrutura geral do corpo deve dar a impressão de
profundidade e solidez, mas sem excesso de volume. O seu comprimento deve
ultrapassar a altura da cerne lha na proporção devida, os curtos e alongados
deverão ser personalizados.
ANTEPEITO
Iniciando-se
no pró-externo, bem cheio e descendo bastante entre os membros sem, contudo,
ultrapassar a ponta do cotovelo; não revelando largura demasiada e muito menos
qualquer indício de concavidade.
PEITO
Profundo
e de boa capacidade oferecendo bastante espaço para pulmões e coração. Bem
projetado para a frente com o pro – externo salientando-se bem a frente dos
ombros, quando cisto lateralmente.
COSTELA
Devem ser de boa saliência com relação à coluna vertebral,
inclinando-se para trás com relação à esta em ângulo perto de 45º. Bem
espaçadas e desenvolvidas, unindo-se em baixo ao estremo que desce suavemente
acima do ponto do cotovelo. Não devem Ter curvatura em forma de barril e não
serem achatadas.
ABDOMEN
Firme,
nunca flácido nem caída. A linha inferior é apenas levemente entrante nos
flancos, mas nunca esgalgada, sendo nas fêmeas muito menos acentuada no que nos
machos.
MEMBROS
Dados a sua condição de trotador, no
cão Pastor Alemão os membros devem ser proporcionados e angulados de tal
maneira que permite, sem uma alteração de sua linha superior, avançar as pernas
propulsoras próximas ao centro de gravidade do animal, assim como distender as
anteriores em igual extensão.
ANGULAÇÕES
ANTERIORES
AS omoplatas devem ser compridas e bem coladas ao
corpo, ficando suas extremidades superiores bem unidas para a frente, num
ângulo de 135 graus com a linha de dorso, em direção ao ponto onde articula com
o úmero(braço) de igual comprimento, formando o ângulo escápulo-umeral bem
próximo aos 90 graus. O conjunto assim formado, denominado ombro, deve
apresentar-se consistente, bem colado ao corpo, musculoso e nunca solto ou
entrante.
POSTERIORES
Deve
também consistir numa série de ângulos retos, considerados os ossos em relação
uns aos outros. O fêmur (osso da coxa) deve ser paralelo à omoplata e a tíbia
(perna) ao úmero. O conjunto da coxa deve ser largo e bem musculoso, com o
fêmur e a tíbia alongados e de igual comprimento, formando entre si um ângulo
próximo também a 90º.
PERNAS
Os ossos das pernas, ante-braço, devem ser retos e
ova lados; nunca redondos, chatas ou com esponjo cidades. Como duas pilastras,
perfeitamente verticais ao solo sob todos os ângulos, devem equilibrar com a
massa do animal, e sem serem grosseiros, contribuírem para a impressão geral de
substância. Ossos tortos, mal aprumados, de formação raquítica são
decididamente indesejáveis.
METACORPOS
De comprimento médio, firmes e fortes; oferecendo
bastante molejo. Devem formar com a linha de solo um ângulo próximo a 60º e,
quando vistos de frente, situarem-se no mesmo eixo das pernas. Os eretos,
cedentes e desviados são indesejáveis.
METATARSOS
Curtos,
lisos, de seção bastante forte; salientando-se em ponta resistente e bem
definida. Quando o animal em perfeito “Stay ” e de perna avançada, forma um
ângulo de 45º com a linha de solo e o recuado situa-se em perfeita vertical
vistos por de trás perfeitamente paralelos e colocados no prumo de encaixe na
bacia.
PÉS
Fortes,
compactos, com dedos bem arqueados; providos de almofadas grossas, bem unida,
duras e de bastante espessura; unhas curtas, fortes e escuras. Ergots
encontram-se as vezes em determinadas linhagens, devendo ser cortados após o
nascimento